sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

#Philosophê: 2012, Mayas, Fim do Mundo, #SOPA, #PIPA... (Parte III)



Bom, chegamos a 2012. E nenhuma grande mudança aconteceu. Hein?

Empresas buscam cada vez mais a sustentabilidade dos seus processos. Pessoas unem-se em prol de causas coletivas, na rua e não só na Internet. Governos caíram pela articulação do povo - ou da consciência coletiva deste povo. Os mais céticos vão dizer que eu estou encontrando pelo em ovo, mas duvido que um cético tenha lido todos os posts. Alguns dirão que é "muita riponguice pra pouco blog". Que seja.

O motivo por trás de todo este resgate etílico-filosófico está nos protestos mundiais contra a #SOPA, #PIPA e #ACTA. Pessoas comuns de todo o globo se manifestaram em prol da liberdade de expressão, da coletividade, do nosso contra o meu. Creative Commons vs. Copyright. People vs. Government. E o povo venceu!


Talvez pela primeira vez na história, boa parte da humanidade mobilizou-se a favor de uma causa que beneficia a todos em detrimento de alguns poucos. Se isso não é um puta salto na consciência coletiva global, não sei o que é.

Só sei que muita gente é a favor da sustentabilidade, do consumo consciente, do que é justo em vez do que é lucrativo. Se for justo e lucrativo então, fechou todas. E é a esta Grande Mudança que eu acho que os mayas se referiam: ou nos tornamos uma raça coletiva e concordante - Homo pacem, Homem de Paz - ou uma raça individualista e discordante - Homo agressus, Homem Agressivo - fadado a autodestruição.

Ou destruímos a nós mesmos e o planeta para satisfazer aos nossos desejos imediatos e consumistas, ou mudamos nosso estilo de vida em busca da harmonia da nossa espécie com o planeta. Sim, agora eu ripongueei legal, e admito. Os protestos contra a #SOPA e #PIPA não representam isso, mas me faz bem acreditar que sim, que estamos caminhando - ou melhor optando - pela harmonia com a Terra. Pelo bem estar coletivo acima do bem estar individual.

Pode não querer dizer nada. Ou pode querer dizer que talvez, quem sabe, de repente, se pá, estejamos trocando a autodestruição pela harmonia, a guerra pela paz, a censura pela liberdade. O meu pelo nosso. (E não, não sou socialista, só pra constar).

Desculpe se me repito: pode não ser nada, mas pra mim é muito. E pra ti?